"Diz o néscio no seu coração: Não há Deus. Corromperam-se e cometeram
abominável iniqüidade: não há quem faça o bem" (Sal. 53:1).
Afinal, Deus existe ou não? Esta pergunta obscurece todas as outras que a
humanidade possa fazer. Se você acha que esta declaração seria de um teólogo
ou de um pregador, então veja a frase encontrada em The Great Ideas
Syntopicon (Temário de Grandes Idéias), um guia de estudos decisivo para a
série Great Books, uma notável coleção da maior parte da sabedoria do mundo
ocidental, combinada desde os tempos de Tales até o presente. Mortimer Adler
declara: "Com exceção de certos matemáticos e físicos, todos os autores de
Great Books estão representados no capítulo que fala sobre Deus". A razão é
óbvia. Existem mais conseqüências no terreno do pensamento e da ação na
afirmação ou na negação de Deus do que em se responder a qualquer outra
pergunta, por fundamental que seja. A vida do homem em sua inteireza é
afetada pelo fato de o homem se considerar o ser supremo do universo ou
reconhecer que existe um ser supra-humano que é objeto de seu amor ou de seu
medo, uma força a ser desafiada ou um Senhor a ser obedecido. Neste nosso
tempo, em que o ateísmo militante está em marcha, espalhando-se como um
micróbio mortífero através do mundo, temos que considerar o significado
desta pergunta e as evidências da existência de Deus.
Talvez uma das idéias mais comuns na mente da maioria dos sofisticados
americanos é de que a ciência refutou a existência de Deus, ou como Julian
Huxley disse, eles reduziram Deus "simplesmente a um evanescente sorriso do
gato no conto Alice no País das Maravilhas." Mas a ciência destruiu a crença
na existência de Deus? No seu livro Deus, o Átomo e o Universo, James Reid
declara: "A ciência está preparando uma surpresa para a humanidade! Pelo
menos será uma surpresa para aqueles que têm dúvidas sobre a Bíblia e sobre
o Deus da Bíblia. Virá também essa surpresa para aqueles que se submetem à
idéia errônea de que a ciência diminuiu o valor da Bíblia. Na realidade,
poderá até chocar alguns cientistas, que podem ficar assombrados ao
descobrir que um fato novo revelado ou uma teoria aceita por eles provê mais
um elo na cadeia de evidências que mostram que os fatos do universo
sustentam as declarações bíblicas - inclusive a criação." Esse autor diz
mais que durante anos, como homem de ciência, tinha procurado descobrir
apoio na Bíblia para a física clássica, a física newtoniana, e não o tinha
encontrado.
Ao chegarmos ao
século vinte, a antiga física clássica deu lugar à física quântica, à teoria
atômica, e um conceito completamente novo sobre o universo veio à tona.
Quando a teoria da relatividade de Einstein revelou a íntima relação entre
massa e energia, ele repentinamente observou que as novas descobertas da
ciência estavam estabelecendo os ensinamentos das Escrituras. Os fatos do
universo estão sendo progressivamente apoiados pelas descobertas científicas
e as conseqüências disso são incalculáveis. Vivemos dias quando é muito
popular a idéia de que não existe um Deus diante de quem o homem é
responsável. Eu creio que esse pensamento é a causa da enorme incidência do
crime, assassinatos, estupros, roubos e todos os males imagináveis
encontrados na nossa sociedade hoje. Eu já ouvi dezenas de homens, que
supostamente deveriam ter algum conhecimento do assunto, discutirem uma
grande variedade de remédios para a situação, e fico surpreso de sua
incrível cegueira. Eles parecem não reconhecer que a agressiva negação do
Deus da Bíblia é a causa de se tornarem os homens cada vez mais animalescos.
Ensine-se aos homens que eles são animais e com o passar do tempo eles vão
agir como animais.
E. L.
Woodward, professor de História Moderna na Universidade de Oxford, afirma o
seguinte: "Os valores de nossa herança ocidental, a justiça, a misericórdia,
a bondade, a tolerância, a abnegação, são incompatíveis com o
materialismo.."", entendendo-se o materialismo como uma visão do universo de
que não existe nada mais que a matéria - nada de alma, espírito - Deus não
existe. "Se posso tomar emprestada uma frase bem conhecida sobre o Estado
(que por sua vez ele toma emprestada de Marx), esses valores murcharão numa
cultura materialista." Esse professor diz mais que "não faz sentido falar de
direitos do homem numa sociedade materialista: é como se alguém fizesse um
apelo ao Oceano Atlântico."
Por acaso os cientistas provaram que Deus não existe? Não existe nenhum ramo
da ciência que examine maior porção da obra de Deus do que os astrônomos.
Assim diz a Escritura: "Os céus proclamam a glória de Deus e o firmamento
anuncia a obra das suas mãos" (Sal. 19:1). "Pois os seus atributos
invisíveis... são claramente vistos desde a criação do mundo" (Rom. 1:20).
Noventa por cento dos astrônomos de nossos dias acreditam em Deus! Aqueles
que examinaram mais profundamente as obras das mãos de Deus acreditam nele.
Essa percentagem é maior entre os astrônomos do que entre açougueiros ou
fabricantes de candelabros.
Aqueles que tem olhado com mais assiduidade para a obra da criação e
observam as maiores distâncias que o homem já alcançou concluíram que a mão
que fez tudo isso é divina.
Pierre Simon de La Place, um dos maiores dos nossos astrônomos, disse que a
prova a favor de um Deus inteligente como o autor da criação está como o
infinito contra um, considerando-se qualquer outra hipótese de causação
final; que é infinitamente mais provável que um conjunto de escritos
lançados a esmo sobre o papel produzisse a Ilíada de Homero, do que o
universo ter uma outra causa além de Deus. Esta evidência a favor de Deus em
oposição às evidências que se apresentam contra Ele como Criador do universo
é como o infinito diante da unidade; não dá nem para se medir.
Há muitos e diferentes argumentos a favor da existência de Deus. Um desses é
conhecido como argumento cosmológico. Embora Kant e Hume tenham atacado
vários argumentos clássicos a favor da existência de Deus, eles o fizeram
sem evidências adequadas, sem suficientes provas para refutá-los.
Considerando-se que as provas teístas não são matemáticas (são na realidade
argumentos de esmagadora probabilidade), esses argumentos mesmo assim
permanecem, e nossa mente ainda reconhece neles evidências do Divino
Criador. Sir James Jeans, um dos maiores astrônomos modernos, disse que
quanto mais ele examinava as vastas expansões do espaço e a tremenda
complexidade dessas coisas, mais o universo lhe parecia um gigantesco
pensamento de um grande matemático.
O argumento cosmológico vem do termo cosmos, que significa o universo e é
desse termo que obtemos nossa palavra cosmética. Significa algo que está bem
ordenado e belo. E existe tanta coisa que evidencia ordem, que seria
impossível fazer uma lista de todas elas. A física quântica já demonstrou
que, a nível de partículas subatômicas, existe um impulso irresistível por
parte dos elétrons para a simetria e que há um admirável aspecto
"cosmético", isto é, de beleza do universo. Um autor disse que a natureza é
um grande arquiteto, dando a entender que a natureza é Deus. E é também
grande astrônomo, grande químico, fisiologista, psicólogo e matemático,
demonstrando um incrível conhecimento dos fatos das várias ciências da
humanidade, as quais dizem exatamente a mesma coisa.
Existe também o argumento teológico. A palavra grega teleíos significa fim,
finalidade; teleologia é aquele conceito filosófico que observa que no
universo as coisas foram preparadas com um determinado propósito, para uma
finalidade. Os ateus e evolucionistas (eles são quase invariavelmente os
mesmos) detestam as palavras propósito e teleologia, porque eles acreditam
que o mundo não tem propósito. Eles acreditam que é tudo um acidente
gigantesco, simplesmente uma arrumação de átomos que aconteceu se juntarem
por acaso. Embora as pessoas possam dizer que as coisas existam de uma forma
incrivelmente complexa e que isso é a única razão por que estamos aqui, é
difícil para a mente humana desconsiderar a fantástica quantidade de
evidências de que alguém tem estado a providenciar nosso bem estar.
Consideremos a massa e o tamanho do planeta em que fomos colocados. São o
tamanho e massa exatamente certos. O Dr. Wallace diz que se a terra fosse
dez por cento maior ou dez por cento menor, a vida seria impossível sobre a
face da terra. Além disso, também a distância do sol é a distância certa,
pois é por isso que recebemos a quantidade certa de luz e de calor. Se
estivéssemos mais afastados iríamos congelar-nos e se estivéssemos mais
perto (como Vênus ou Mercúrio) não sobreviveríamos.
Consideremos a inclinação do eixo da terra. Nenhum outro planeta tem seu
eixo inclinado assim - 23 graus. Esse ângulo dá condições para que todas as
partes da terra sejam lentamente atingidas pelos raios solares, como um
frango que está sendo assado numa churrasqueira. Se não houvesse essa
inclinação no eixo terrestre os pólos acumulariam uma imensa massa de gelo e
as partes centrais, expostas continuamente ao sol, seriam quentes demais.
Outro aspecto surpreendente do nosso relacionamento no sistema solar é a
existência da lua. Muitas pessoas não reconhecem o fato de que sem a lua
seria impossível viver neste planeta. Se alguém conseguisse arrancar a lua
de sua órbita, toda a vida cessaria em nosso planeta. Deus nos deu a lua
como uma criada para limpar o oceano e as praias de todos os continentes.
Sem as marés originadas por causa da lua, todas as baías e praias se
tornariam em poços fétidos de lixo e seria impossível viver perto delas.
Devido às marés, ondas contínuas se quebram sobre as praias, promovendo a
aeração dos oceanos da terra, provendo de oxigênio as águas para a
sobrevivência do plâncton, que é a base da cadeia de alimentos do mundo. Sem
o plâncton não haveria oxigênio e o homem não poderia viver sobre a face da
terra. Deus fez a lua do tamanho certo e a colocou à distância exata da
terra para realizar essas outras numerosas funções.
Existe também a maravilha da atmosfera terrestre. Vivemos sob um imenso
oceano de ar – 78 por cento de nitrogênio, 21 por cento de oxigênio e mais 1
por cento constituído de quase uma dúzia de outros elementos. Os estudos
espectrográficos de outros planetas dos sistemas estelares do universo
demonstram que não existe outra atmosfera, nenhuma parte do universo
conhecido que seja feita desses mesmos ingredientes, nada com uma composição
parecida. Esses elementos não estão combinados quimicamente, mas são
misturados mecanicamente de modo contínuo, pelo efeito tipo maré causado
pela movimentação da lua. É o mesmo efeito causado nas águas dos mares e
quase sempre a mesma quantidade de oxigênio. Embora o homem descarregue uma
tremenda quantidade de dióxido de carbono na atmosfera, isso é absorvido
pelos oceanos e o homem pode assim continuar vivendo neste planeta. Se a
atmosfera não fosse tão espessa ou alta como ela é, nós seríamos esmagados
pelos bilhões de pedaços do lixo cósmico e de meteoritos que caem
continuamente sobre nosso planeta.
Consideremos também o fantástico ciclo do nitrogênio. O nitrogênio é um
elemento extremamente inerte - se não fosse, nós seríamos todos envenenados
por diversos compostos de nitrogênio. No entanto, por ser ele inerte, é
impossível combiná-la naturalmente com outros elementos. O nitrogênio é de
vital importância para as plantas sobre a terra. Como é que Deus faz para
transferir o nitrogênio do ar para o solo? Ele usa os relâmpagos! Cerca de
cem mil raios ferem o solo diariamente, criando anualmente cem milhões de
toneladas de nitrogênio útil como alimento das plantas.
A 60 quilômetros de altura existe uma camada fina do ozônio. Se essa camada
fosse comprimida, seria reduzida a uns seis milímetros de espessura, e no
entanto sem ela não haveria vida sobre a face da terra. Oito tipos de raios
mortíferos caem sobre a terra continuamente, provenientes do sol; sem essa
camada de ozônio, nós seríamos queimados, ficaríamos cegos, seríamos
torrados em um ou dois dias. Os raios ultra-violetas são de duas qualidades:
os raios mais longos, que são letais, são rechaçados, e os raios mais
curtos, que são necessários à vida na terra, são admitidos pela capa de
ozônio. E além disso, a camada de ozônio permite a passagem do mais
mortífero dos raios, mas em quantidade mínima, apenas o suficiente para
matar as algas verdes, que de outra forma cresceriam e encheriam os lagos,
rios e oceanos do mundo.
Quão pouco reconhecemos o que Deus está continuamente fazendo para nos
prover a existência. Podemos ver que vivemos sob a cobertura de uma fina
camada de ozônio que nos protege de um bombardeio de raios que não vemos,
mas que constantemente caem sobre nossas cabeças. Debaixo de nossos pés
existe uma fina crosta de rocha, mais fina que a casca da maçã,
comparativamente. Sob essa camada está a lava derretida que forma o núcleo
do nosso planeta. Assim é que o homem vive entre os ardentes e enegrecedores
raios em cima e a lava derretida embaixo: qualquer um dos dois seria capaz
de torrá-lo. Mesmo assim o homem vive totalmente alheio ao fato de que Deus
arranjou as coisas de moda a ser possível ao homem viver neste mundo.
Temos também a maravilha da água. Em lugar nenhum no universo, encontramos
água em quantidade, como encontramos na terra. Água, o elemento deslumbrante
solvente, dissolve quase tudo sobre a face da terra, menos aquelas coisas
que sustentam a vida. Esse líquido maravilhoso existe como gelo, quebra
rochas e produz solo. Sob a forma de neve, a água armazena-se nos vales.
Como chuva, molha e limpa a terra. Como vapor, fornece umidade para a
maioria das terras aráveis. Ela existe como uma cobertura para a terra, na
quantidade exata. Se tivéssemos nuvens como Vênus, a terra não poderia
existir. Mas nós temos invariavelmente 50 por cento da superfície da terra
coberta por nuvens em qualquer momento, o que nos permite receber a
quantidade certa de luz solar. Como vapor, a água movimenta poderoso
maquinário que existe no planeta. Além do bismuto, é o único líquido que é
mais pesado a 4ºC do que quando está congelado. E se não fosse assim, não
haveria vida sobre a terra, pois congelada ela é mais leve e flutua. Se não
fosse assim, os lagos e rios se congelariam de baixo para cima, matando os
peixes. As algas seriam destruídas e nossa fonte de oxigênio cessaria - a
humanidade morreria.
Até
mesmo a poeira tem uma incrível função em favor da humanidade. Se não fosse
a poeira, jamais veríamos um céu azul. A 27 quilômetros de altura não há
mais poeira da terra e o céu é sempre negro. Se não fosse a poeira, não
haveria chuva nunca. Uma gota de chuva é feita de S milhões de minúsculas
gotículas e cada uma dessas 8 milhões de gotículas envolve uma ínfima
partícula de pó. Sem elas o mundo ressecaria e a vida cessaria. (minha nota
- seria por isso que nos países mais desenvolvidos em que são gerados
milhões de toneladas de partículas de poeira, que não falta chuva. Ou seja
quanto mais trabalho, Deus premia com mais chuva para o solo, recompensa de
Deus ao trabalho do homem. (Prov. 20.4) O preguiçoso não lavra na estação
própria; pelo que na sega ele busca mas nada encontra.)
Nos seres humanos há muitas coisas que nos dizem que fomos criados por Deus.
Nossa vida se baseia no sangue que corre em nossas veias. O maravilhoso
glóbulo vermelho, criado na medula óssea, desprende o seu núcleo quando
atinge a corrente sangüínea. Para qualquer outra célula isso significaria a
morte, algo como retirar o coração do homem. O glóbulo vermelho tem a forma
semelhante a um pneu, ou a uma rosquinha, com uma tênue membrana a
atravessar-lhe o vão interno. Sem seu núcleo ele é capaz de carregar mais
oxigênio para o corpo, devido a essa membrana e à sua forma. Se ele tivesse
a forma das demais células, seria necessária uma quantidade nove vezes maior
para prover oxigênio para o corpo humano.
Temos a maravilha das maravilhas: o olho humano! como pode alguém observar o
olho humano e admitir que ele surgiu por acaso? Os evolucionistas nos dizem
que onde houver uma necessidade a natureza vai providenciar o que é
necessário. Você pode imaginar que nós precisávamos da visão? Ninguém nunca
tinha visto nada, mas havia necessidade de ser ver alguma coisa. Então a
natureza criou o olho. Imagine, criou dois olhos no plano horizontal, de tal
modo que não apenas podemos ver, mas temos também um telêmetro que determina
as distâncias.
Você já
imaginou o que acontece com suas lágrimas que continuamente fluem pelo seu
olho? O Dr. William Paley escreveu uma obra clássica intitulada Teologia
Natural, na qual ele discute o olho. "A fim de conservar o olho umedecido e
limpo qualidades necessárias ao seu brilho e para sua utilização - ele é
lavado constantemente por meio de uma secreção destinada a esse fim; e a
salmoura excedente é levada para o nariz, através de uma perfuração no osso,
da grossura de uma pena de ganso. Quando a secreção chega ao nariz, ela se
espalha sobre a superfície interna da cavidade nasal e é evaporada pela
passagem do ar quente que o curso da respiração lança continuamente sobre
ela... E fácil perceber-se que o olho deve precisar de umidade; mas poderia
essa necessidade do olho gerar a glândula que produz a lágrima, ou o
orifício por onde ela é descarregada - um buraco nosso?" Que o ateu ou o
evolucionista nos diga quem cavou o buraco nosso e colocou ali o encanamento
para dispersão de nossas lágrimas.
Sir Charles Scott Sherrington, famoso fisiologista inglês de Oxford, que
escreveu uma obra clássica sobre o olho, disse: "Por trás do intrincado
mecanismo do olho humano há vislumbres assombrosos de um plano-mestre."
Quando confrontado com a escuridão, o olho humano aumenta cem mil vezes a
sua capacidade de ver. A câmera mais admirável jamais feita nem sequer
vagamente se aproxima de uma coisa tal, mas o olho humano faz isso
automaticamente. Além disso, o olho humano encontra o objeto que ele quer
ver e o focaliza automaticamente. Ele se alonga e se comprime a si mesmo.
Ambos os olhos se movimentando juntos tornam ângulos diferentes para se
fixarem naquilo que se há de ver. Quando o olho estava pronto para criar-se
a si mesmo, teve também a previsão de proteger-se e construiu-se debaixo da
saliência óssea do sobrolho, e também providenciou um nariz sobre o qual
poderiam ser pendurados os óculos, de que a maioria de nós precisa. E
providenciou também uma maneira de poder se fechar, afim de se proteger
contra objetos estranhos.
Finalmente, poderíamos mencionar a incrível mente humana. Sir Henry
Fairfield Osborn, o famoso antropologista moderno, disse: "Para mim, o
cérebro humano é o mais maravilhoso e misterioso objeto de todo o universo."
Pesando apenas cerca de um quilo e meio, ele é capaz de fazer o que 500
toneladas de equipamentos elétricos e eletrônicos não podem fazer. Contendo
cerca de 10 a 15 bilhões de neurônios, cada um deles um organismo vivo em si
mesmo, ele realiza façanhas que intrigam a própria mente." O Dr. H. M.
Morris disse: "Portanto, os homens que rejeitam ou ignoram a Deus o fazem
não porque a ciência ou a razão requeira que o façam, mas pura e
simplesmente porque querem fazê-lo."
As Escrituras dizem: "E assim como eles rejeitaram o conhecimento de Deus,
Deus, por sua vez, os entregou a um sentimento depravado..." (Rom. 1:28).
Não apenas estas são razões convincentes para se crer na existência de Deus,
mas eu creio em Deus porque creio em Jesus Cristo. As profecias, seu
nascimento, vida e milagres, seus ensinos, sua morte e ressurreição e a
realização contínua daquelas coisas que ele disse que faria me convencem que
Deus vive e que viveu em Jesus Cristo, e mais ainda: que agora mesmo pode
transformar pessoas.
No seu
best-seller Through the Valley of the Kway, Erneste Gordon fala de soldados
americanos capturados pelos japoneses na Península de Malaca, que foram
torturados e submetidos à fome. Eles se tornaram um grupo de animais que se
arranhavam uns aos outros. Finalmente as coisas ficaram tão ruins que eles
decidiram começar a ler o Novo Testamento. Ernest Gordon, que tinha grau
universitário, leu para eles o Novo Testamento. e esses homens se
converteram ao Deus vivo, por meio de Jesus Cristo. Essa comunidade de
animais se transformou numa comunidade de amor, porque Deus vive e ele vive
em Jesus Cristo. E Cristo está pronto a viver no coração daqueles que
confiam nele. Essa alegria, essa paz, essa vida transformada e essa
segurança de vida eterna é o que Cristo oferece àqueles que puserem sua
confiança na sua morte vicária.
O que tem o incrédulo a oferecer? Um desses incrédulos, W. O. Saunders,
escreveu na revista American Magazine: "Eu quero lhes apresentar uma das
pessoas mais solitárias e infelizes do mundo. Eu estou falando a respeito do
homem que não acredita em Deus. Eu posso apresentar-lhes um homem assim
porque eu sou um deles, e me apresentando vocês estarão sendo apresentados
ao agnóstico, ao cético de sua própria vizinhança, porque ele está em toda
parte. Você vai se surpreender com o fato de que o agnóstico inveja a sua fé
em Deus, a sua crença nos céus e na vida futura, e sua abençoada certeza de
encontrar-se com seus amados numa vida em que não existirão tristeza e dor.
Ele daria tudo para possuir uma fé assim e ser confortado por ela. Para ele
só existe a sepultura; a única coisa que permanece é a matéria. Depois da
sepultura, a única coisa que ele vê é a desintegração do protoplasma e de
sua vida psíquica. Mas nessa visão materialista eu não encontro nem êxtase
nem felicidade.
O agnóstico
pode enfrentar a vida com um sorriso ou com uma atitude heróica. Ele pode
apresentar uma fachada de coragem, mas ele não é feliz. Pode pôr-se em
espanto ou reverência diante da vastidão e majestade do universo, sem saber
a origem de si mesmo e nem por que veio a este mundo. Ele fica consternado
diante do espaço estupendo e do tempo infinito, sente-se humilhado por sua
pequenez infinita, é conhecedor de sua fragilidade, fraqueza e brevidade.
Certamente algumas vezes ele suspira por um cajado em que se apoiar. Ele
também carrega uma cruz. Para ele este mundo é uma jangada manhosa à deriva
nas insondáveis águas da eternidade, sem horizonte à vista. Seu coração dói
por cada vida preciosa embarcada nessa jangada - vagando, vagando, vagando,
ninguém sabe para onde."
Eu
creio em Deus. No entanto, crer nele não é suficiente, pois até o Diabo crê
em Deus e estremece. É preciso não apenas crer que Deus existe, mas também
crer que ele se encarnou em Jesus e que morreu por nossos pecados.
Precisamos crer e nos arrepender de nossos pecados e nos lançar aos pés de
Jesus. Precisamos confiar em Jesus, na sua morte vicária pela nossa
salvação. Se não fizemos isso, teremos que enfrentá-lo como Juiz na sua ira,
naquele grande dia. Eu creio nele e sei que ele está vivo. Ele vive em meu
coração e já me garantiu a certeza de que viverei com ele para sempre. É meu
desejo sincero que essa mesma certeza possa ser sua, se é que você ainda não
a possui. Você já confia nele? Claro que sim.
(Transcrito - Autor Desconhecido)
Artigo do Jornal Trombeta de Sião
Ano I n.º 6
Editor – Pr. Glauco Magalhães